E nesta Quarta-Feira de Cinzas, para pedir perdão pelos excessos do Carnaval e começar a Quaresma, nada como rezar um pouco...
PAI NOSSO EM CORDEL
Damião Metamorfose
Pai nosso que estais no céu,
Na terra, na água e no ar.
Santificado é seu nome,
Em tudo quanto é lugar.
Seja na paz ou na guerra
o que ligares na terra,
No céu também vai ligar.
*
Venha a nós o vosso reino,
Seja feita sua vontade.
Aqui na terra e nos céus,
Oh! Senhor Deus da bondade.
Ilumine os filhos seus
e guie esses passos meus,
no caminho da verdade.
*
Pão nosso de cada dia,
Nos dai sempre em abundância.
Perdoai nossos pecados
E nos livre da ganância.
Assim como perdoamos,
Se vos pedimos, louvamos,
Livres de toda arrogância.
*
Nos livre das tentações
e do mal, nos guie pro bem.
Porque teu é o poder,
O reino e a glória... Amém.
Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/cordel/1858130
Sensacional Marcão!!!
ResponderExcluir[]s
Também achei, Rafael.
ResponderExcluirO poeta Damião estava mesmo inspirado quando criou essa maravilha.
Obrigado pela postagem e comentários, Deua nos ilumine, inté.
ResponderExcluirGostei muito do poema e postei no meu blog.
ResponderExcluirOFERTA DE EMPREGO
ResponderExcluirPoeta: José Joel
Precisa-se de empregada
Pra trabalhar lá em casa
A carteira é assinada
E o salário não atrasa
Tem direito a feriado
Sábado e domingo é folgado
Tem férias, décimo terceiro
O trabalho é muito pouco
E em caso de sufoco
A gente empresta dinheiro
Basta chegar oito hora
Dorme depois que almoçar
As quatro pode ir embora
Não precisa pernoitar
Em relação a patroa?
A mulher é muito boa!
Só precisa a candidata
Passar na sua entrevista
Que no meu ponto de vista
É objetiva e exata.
Tem que ser uma donzela
Para não levar menino
Não pode assistir novela
Nem um filme pequenino
Nem beber e nem fumar
Não ir festa, não dançar
Não falar de vida alheia
Ter responsabilidade
E ter muita honestidade!
Se roubar, vai pra cadeia.
Não possuir celular
Pra não ser atrapalhada
Se inventar de namorar
É bem longe da calçada
Não falar com a vizinhança
Também não dá confiança
A quem pede uma esmola
Nunca andar seminua
E se for sair pra rua
Vai corrigida a sacola.
Ser limpa e andar na linha
Para não fazer besteira
Saber toda ladainha
E ser muito rezadeira
Não chegar lá de carona
Não cochilar na poltrona
Não ter um dente furado
Não ter cabelo comprido
E ter o sétimo sentido
Pra dar conta do recado.
Andar longe de fofoca
Tomar conta da cozinha
Saber fazer tapioca
Matar e tratar galinha
As roupas saber lavar
Depois de lavar passar
Do paletó as cueca
E se for com desatino
E beliscar um menino
Leva um corte na munheca.
Lavar casa, passar pano,
E deixar bem limpo o chão
Soprar fogo com abano
Porque lá queima é carvão
Por não ter água encanada
Tem que ser bem preparada
Pra pegar água num poço
Num balde desse tamanho
Que é pra gente tomar banho
E lavar a louça do almoço.
Não andar achando graça
E não ser séria demais.
Não dar bola pra quem passa
Que seja moça ou rapaz.
Trabalhar assoviando
Nem ligar som uma vez
Se ligar o gás do fogão
E deixar queimar o feijão
Desconta no fim do mês.
Não dever nada a ninguém
Para não chegar cobrança
Ser econômica também
Pra não ter extravagância.
Engomar com ferro a brasa
Tirar poeira da casa
Espanar do móvel ao forro
Jamais derrubar um prato
Nunca maltratar o gato
E sair com o cachorro.
Demonstrar que não tem vício
Provar que é competente
Fazendo esse sacrifício
E se dando com a gente
É tudo mil maravilha!
É mesmo que ser da família
Pois agradando a mulher
Lá em casa é um sossego
É garantido o emprego
Enquanto vida tiver.
Gostei imensamente, usarei este texto, dando crédito ao autor, nas minhas apresentações com o personagem Mané Beradeiro,aqui no Rio Grande do Norte. Parabéns!
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