MELHOR QUE MORRER CHEIROSO
SÓ MESMO ESCAPAR FEDENDO
Já falei aqui várias vezes da riqueza que é o Jornal da Besta Fubana, cheio de gente criativa, conhecida na Comunidade Fubânica como "bando de malassombrados".
Mas, eu também faço cá minhas malassombrações, e acho que essa foi uma delas.
Aconteceu o seguinte: Francisco Itaerço, lá conhecido como Cardeal Itaerço, em razão do seu cargo na Igreja Católica Apostólica Sertaneja, propôs o seguinte mote:
Melhor que morrer cheiroso
Só mesmo escapar fedendo.
Vários fubânicos fizeram glosas ao mote, cada qual a melhor, mas quando fui fazer as minhas, veio à cabeça uma historinha que gostei de ter feito.
Ficou assim:
que se tornou meu amigo,
mas gostava do perigo,
e hoje não o vejo mais.
É que há uns tempos atrás,
ele andou enlouquecendo
e andava sempre dizendo:
“Gosto do que é perigoso,
Melhor que morrer cheiroso
Só mesmo escapar fedendo”.
Assim, foi paraquedista
e também mergulhador,
de leões foi domador,
depois tornou-se alpinista.
perseguiu até a pista
dum monstro grande e horrendo.
Em perigos se metendo,
dizia sempre, orgulhoso:
“Melhor que morrer cheiroso
Só mesmo escapar fedendo”.
Com seu jeito diferente,
já não tinha namorada.
“Mulher, só se for casada,
e do marido valente”,
dizia sempre pra gente,
a mão no peito batendo,
e, de fato, andou comendo
a mulher do Zé Manhoso.
Melhor que morrer cheiroso
Só mesmo escapar fedendo.
Terminou assassinado
esse rapaz tão valente
e, misteriosamente,
foi o corpo encontrado,
pois estava encharcado
de um óleo perfumoso.
Perguntado, Zé Manhoso
disse: “Nada estou sabendo.
Mas, quem escapa fedendo,
às vezes morre cheiroso”.
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