Mais uma vez garimpando os comentários feitos a este Mundo Cordel, encontrei a poesia "Eu sou do mato", que aparece com a assinatura de Carlos Silva, poeta cantador.
O Carlos Silva cantador que conheço é o autor da canção Estrangeirismo, que já postei aqui mesmo, em "Poesia Popular e Estrangeirismo".
Bem, amigo, não sei se você é o mesmo Carlos Silva, mas gostei dos seus versos. Se puder comparecer novamente para esclarecer se é você o autor do Estrangeirismo, contribuiria mais ainda para nosso blog.
EU SOU DO MATO
Carlos Silva
Sou filho deste sertão
Sou cabra bom na labuta
Medo nenhum tenho não
So creio naquilo que passa
Quando o destino traça
Na palma da minha mão
Nasci cá no oco do mundo
Sem conhecer fidalguia
Trilhei nas grotas do tempo
Na vida fiz moradia
Eu desconheço embaraço
Num verso simples eu faço
Minha melhor alegria
Sou cabra respeitador
Filho de homem de bem
Ou trilho certeiro na lida
Feito uma roda de trem
Sem medo e sem disparate
Vencendo o bom combate
Seguinte sempre além
Daqui das terras tão Boas
Nos beiços deste torrão
Amado por natureza
Sem trauma e sem ambição
Vivo compondo meu verso
Descubro novo universo
Nas cordas do meu vioão
Assim eu canto Gonzaga.
Eterno rei do baião
Do xote aboio e modinhas
Que tocam no coração
Cem anos O Lua Faria.
Se chance tivesse irmão
Obrigado Marcos Mairtonem, pela postagem. Sinto em dizer que não Carlos Silva, mas pude observar que o mesmo tem muita habilidade com a técnica do Cordel e inspiração para produzir qualidade.É este também o nosso desejo, ou seja, produzir o que for de melhor em termos de poesia de Cordel numa estrada que não vai parar jamis por ser de fato infinita.
ResponderExcluirContinue conosco e forte Abraço.
Silva Dias
Infelizmente não, caro Silva Dias. Afinal, você é mais um poeta com quem tenho a honra de me comunicar.
ResponderExcluirSaiba que este espaço está à sua disposição para publicar versos como esses que você enviou.
Abraço!