BICO DE LAMPARINA
Mary-Lucy
Mui mimosa e preferida
A Bico de lamparina
Passava a vida sumida
A venta era tinta preta
E nunca ficou parida
A vaca não dava cria
E pai dela não gostava
E a bichinha ela sabia
Que só mamãe a tolerava
Era igual a forrageira
A comida devorava!
E era sim terna e dengosa
E assim a vida a levava
Vindo a “marvada” da seca
Mesmo assim ela luxava
A pobre de lamparina
Pras tiras fora levada!
Mãe ficou muito aperreada,
Tratou dela com ração
A bichinha já era velha
Deus tem dela compaixão!
Quero Lamparina morta,
A sofrer neste torrão!
E Bico de Lamparina,
À tarde bateu suas botas
E Mãe toda chorosa era
Lamentando a vaca morta
Mas disse, Deus obrigada,
E livrai-me de outra morta !
*
Mary-Lucy Soares Dias mora no Cedro-Ce, é aspirante a poetisa, Pedagoga, Professora na SEDUC-CE, Contabilista, membro da Associação Cearense de Escritores- ACE- e Diretora Adjunta de Literatura da Casa da Cultura de Cedro.
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