terça-feira, 28 de setembro de 2010

Poesia de Dalinha Catunda


Olhem que beleza que a poeta Dalinha Catunda, do blog Cordel de Saia, me enviou ontem!

Muito obrigado, Dalinha, e envie suas obras sempre que quiser. É mais poesia de qualidade para este Mundo Cordel!

SERTANEJA, SIM SENHOR!
Dalinha Catunda



Sabia que era arisco
Aquele fogoso alazão.
Resolvi correr o risco,
Sem medo de ir ao chão.
Peguei chicote e espora
Montei no bicho na hora
Sem medo ou indecisão.

*

Ele quis titubear,
Mas cutuquei do meu jeito.
Pequei firme nas rédeas,
Pois me achei no direito.
E sob o meu comando
Obedecendo meu mando,
Ele foi quase perfeito...

*

Inda quis se rebelar,
Mas de nada adiantou.
De seus movimentos bruscos
Minha mão se encarregou.
Foi feliz na maratona,
Mostrei quem era a dona.
E ele se conformou.

*

Do que compro e pago caro,
Retorno eu sempre quero.
A manha, birra e coice,
De fato eu não tolero.
Do cavalo eu não caio
Só tenho medo de raio,
No resto eu acelero.

*

Bicho que eu não domino,
Confesso não dou guarida,
O meu sangue nordestino
É que me faz aguerrida.
Eu só não sou cangaceira,
Por ser metida a faceira,
Porém sou bem atrevida.


*

2 comentários:

  1. Linda a poesia de Dalinha! Sou uma fanzona dela.

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  2. Eu também sou fã de Dalinha. E dou-lhe os parabéns pela linda (e sertaneja) poesia

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