Pronto. Satisfiz a minha curiosidade. O poema que Danilo nos trouxe ao Mundo Cordel, "Quem sou eu?", é de nada menos que Florbela Espanca. Obrigado, Danilo, pela colaboração.
Enquanto isso, dois novos seguidores chegaram o Mundo Cordel, com os blogs "Canto do Meu Cordel" e "Pela Vida".
Sejam bem vindos os novos seguidores!
Encerremos com um pouco mais de Florbela Espanca:
CEGUEIRA BENDITA
Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!
Não vejo nada, tudo é morto e vago…
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
´Stendendo as asas brancas cor do sonho…
Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, que triste sorte!…
E chamam-nos a nós Iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té à morte!
Nenhum comentário:
Postar um comentário