quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Poesia de Dalinha Catunda


A poeta Dalinha Catunda, que está sempre contribuindo para o enriquecimento deste Mundo Cordel, enviou mais uma de suas poesias.

Pelos versos que se vê que não se deve provocar Dalinha, pois ela não hesita em reagir. Seus versos - como diria o compositor cearense Belchior - são navalhas.

Felizmente, como ela mesma avisa, esse seu lado só aparece como reação.

De fato, aqui mesmo ela já demonstrou generosidade, em nos presentear com sua poesia, respeito para com leitores e outros poetas, sensibilidade ao transformar o mundo em versos.


MINHA PESSOA MINHA PEÇONHA
Dalinha Catunda
*
Quem diz que sou jararaca,
Quem diz que sou cascavel
Por certo andou me ofertando
O gosto amargo do fel
Retribuí com ferrão,
Mas minha melhor porção
Eu garanto que é o mel
*
A cobra quando acuada
Se enrola e prepara o bote
Por isso não me apoquente
Acelere logo trote
E saia da minha trilha
Pois eu já virei rodilha
Prontinha para o pinote.

2 comentários:

  1. Olá Mairton,
    Obrigada pela postagem que ganha um colorido especial com esta sua introdução.
    Um abraço,
    Dalinha

    ResponderExcluir
  2. OBRIGADA PELA SUA POSTAGEM

    ResponderExcluir