Foto: Marcos Campos, publicada no Jornal O POVO, de 18.08.2007.
O cantador ficou pálido. Fazer a glosa daquele mote era morte certa, pois o Seu Joventino, ali, na primeira fila, não deixaria barata uma ofensa. Mas o cantador começou o seu verso, “comendo pelas beiradas”, e deu no seguinte:
Assim, só se eu não glosar
Embora seja um defeito,
Mas não tendo outro jeito
Pode alguém se melindrar.
Agora vou me arriscar
A ofender um cidadão
Que com tanta educação
Podia ser meu amigo
Você diz, mas eu não digo:
SEU JOVENTINO É LADRÃO!
SUASSUNA E O MOTE “SEU JOVENTINO É LADRÃO”
Na semana passada, dia 17 de agosto de 2007, o escritor Ariano Suassuna recebeu o título de Cidadão Cearense. Uma honra para o povo cearense ter um escritor dessa categoria entre seus cidadãos. Uma alegria para os escritores do Ceará tê-lo como conterrâneo.
Certa vez, eu estava assistindo TV, mudando de canal em busca de alguma programação interessante, quando me deparei com Ariano Suassuna, em uma palestra proferida em Fortaleza. Fiquei impressionado com o conhecimento e a capacidade de transmitir esse conhecimento, com alma, com emoção.
Mas o que mais me chamou a atenção foi a declamação de duas poesias, uma bem curta, uma glosa, e a outra, a “Cantiga do Vilela”, que narra as valentias de um homem chamado Vilela, que desafiava a polícia no sertão nordestino.
Na semana passada, dia 17 de agosto de 2007, o escritor Ariano Suassuna recebeu o título de Cidadão Cearense. Uma honra para o povo cearense ter um escritor dessa categoria entre seus cidadãos. Uma alegria para os escritores do Ceará tê-lo como conterrâneo.
Certa vez, eu estava assistindo TV, mudando de canal em busca de alguma programação interessante, quando me deparei com Ariano Suassuna, em uma palestra proferida em Fortaleza. Fiquei impressionado com o conhecimento e a capacidade de transmitir esse conhecimento, com alma, com emoção.
Mas o que mais me chamou a atenção foi a declamação de duas poesias, uma bem curta, uma glosa, e a outra, a “Cantiga do Vilela”, que narra as valentias de um homem chamado Vilela, que desafiava a polícia no sertão nordestino.
Deixemos a Cantiga do Vilela para o próximo post.
Falemos agora da glosa, a qual, segundo narrou Suassuna, ocorreu em uma fazenda, no interior de um Estado do Nordeste, onde se apresentava um cantador. Todos sabem que, para um glosador, a maior vergonha que existe é receber um mote e não glosar. Não fazer a poesia correspondente. E estava lá o cantador se exibindo, quando chegou Seu Joventino, bêbado, com um revólver na cinta, e sentou na primeira fila. Aí, um desses “inimigos da humanidade”, como bem disse Suassuna, que estava sentado lá na última fila, gritou:
Falemos agora da glosa, a qual, segundo narrou Suassuna, ocorreu em uma fazenda, no interior de um Estado do Nordeste, onde se apresentava um cantador. Todos sabem que, para um glosador, a maior vergonha que existe é receber um mote e não glosar. Não fazer a poesia correspondente. E estava lá o cantador se exibindo, quando chegou Seu Joventino, bêbado, com um revólver na cinta, e sentou na primeira fila. Aí, um desses “inimigos da humanidade”, como bem disse Suassuna, que estava sentado lá na última fila, gritou:
“Seu Joventino é ladrão!”.
O cantador ficou pálido. Fazer a glosa daquele mote era morte certa, pois o Seu Joventino, ali, na primeira fila, não deixaria barata uma ofensa. Mas o cantador começou o seu verso, “comendo pelas beiradas”, e deu no seguinte:
Assim, só se eu não glosar
Embora seja um defeito,
Mas não tendo outro jeito
Pode alguém se melindrar.
Agora vou me arriscar
A ofender um cidadão
Que com tanta educação
Podia ser meu amigo
Você diz, mas eu não digo:
SEU JOVENTINO É LADRÃO!
Ofender em poesia/
ResponderExcluirÉ como homenagear/
Ferida não vai ficar/
As palavras são macia/
São rimas na cantoria/
Que vem na imaginação/
Se for cantado é canção/
São versos de apologia/
Se ofendesse eu não dizia/
Que tal fulano é ladrão./
Nada ofende em poesia/
ResponderExcluirSendo um cabra direito/
Ele fica satisfeito/
Ouvindo um apologia/
Feita com muita franquia/
Para animar o salão/
Do poeta é profissão/
Chama até com o amigo/
Sem ter medo de castigo/
Seu Pica Pau é ladrão./
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//Anizio
O Cachimbo da “Saudade”
ResponderExcluirNas viagens que faço vou pensando...
Na pessoa que mais amo nesta vida!
Quem me deu grande beijo na saída,
Mas o nome na mente vou lembrando...
E a música preferida eu vou cantando!
Me - lembrando do jantar a luz de vela,
Na paisagem admirando a aquarela...
Vou fumando o cachimbo da saudade!
E a fumaça escrevendo o nome dela.
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//Anízio
//Recanto
07/06/2008.
A minha saudade é tanta/
ResponderExcluirQue me fez ficar sedado/
Me fazendo um desolado/
pois minha tristeza é tanta/
Se avoluma, e se agiganta/
Me faz lágrimas derramar/
Dela sem poder lembrar/
Fiquei com a mente confusa/
Só pensando em minha musa/
Quem me inspira e faz sonhar./
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//Anizio, 02/08/2008.
Ariano o grande mestre/
ResponderExcluirDo teatro e poesia/
Tudo faz com maestria/
Suas obras são rupestre/
Gravada para os terrestre/
De toda América Latina
Cultura que nos ensina/
Sua obra é altaneira/
Suassuna é a bandeira/
Da cultura Nordestina./
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//Anizio, 10/04/2009
ariano suassuna foi um grande homem criou o alto da com padecida e entre outros te adimiro muito
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