terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Cordel e Internet


POESIA DOS VISITANTES DE MUNDO CORDEL

Nos primeiros dias do ano, Mundo Cordel recebeu alguns comentários que não podem ficar restritos ao espaço de comentários. Afinal, nem todo mundo que acessa o blog se dá ao trabalho de lê-los, e os versos do poeta Anizão tem que ser lidos pelo máximo de pessoas possível.

Sobre a “
Receita de Cordel”, de Mundim do Vale, Anizão disse:

Gostei muito da receita
Pra fazer as poesias
Com rimas e com maestria
Petrificadas e perfeita
Que todo leitor aceita
Ler com prazer e emoção
As histórias e criação
Depois duma lição desta
Só se não for um poeta
Pois a venda não tem não.

E sobre os versos que um certo cantador teria feito, de improviso, citados no post "
CIDADANIA CEARENSE DE ARIANO SUASSUNA", acrescentou:

Ofender em poesia
É como homenagear
Ferida não vai ficar
As palavras são macia
São rimas na cantoria
Que vem na imaginação
Se for cantado é canção
São versos de apologia
Se ofendesse eu não dizia
Que tal fulano é ladrão.

Nada ofende em poesia
Sendo um cabra direito
Ele fica satisfeito
Ouvindo uma apologia
Feita com muita franquia
Para animar o salão
Do poeta é profissão
Chama até com o amigo
Sem ter medo de castigo
Seu Pica Pau é ladrão.


A poesia popular é assim. Um poeta vai se inspirando no que o outro escreve e fazendo seus próprios versos, os quais inspiram outros, e assim por diante, gerando essa manifestação bela e democrática da cultura brasileira.

Muito obrigado, Anizão, pela colaboração. Escreva sempre!

12 comentários:

  1. Voltei pra te visitar/
    Deste blog hoje lembrei/
    Outros versos eu tentarei/
    Descrever pra publicar/
    Tema eu sei não faltará/
    Com você em parceria/
    Qualquer tema é poesia/
    Basta ter inspirarão/
    As frases vem de montão/
    E os resto agente cria...
    ***********************
    //Anizão

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  2. Enquanto na poesia/
    Eu poder me expressar/
    Aos amigos vou mandar/
    Frases do meu dia a dia/
    Dispertando esta enérgia/
    Aos amantes e as amadas/
    Que nas altas madrugadas/
    Juntos vivem se amando/
    Dessa vida aproveitando/
    Lindas noites enluaradas.../
    ***********************
    //Anizio

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  3. A Palavra

    A palavra acalma instiga...
    Palavra adoça e inflama!
    Com a palavra se ama...
    Com a palavra se briga,
    Com palavra se castiga!
    Um país, uma nação...
    Por uma provocação...
    A palavra faz carinho!
    Faz brabo ficar mansinho...
    Sem mágoas no coração.



    //Anízio
    //recanto
    26/01/2008.

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  4. Agenda da Felicidade
    */**/*
    Para ser feliz na vida
    O sorriso é essencial
    Viver bem humorisado
    É o mais fundamental
    Na face traga um sorriso
    Afastando o egoísmo
    Que só faz causar o mal.
    */*/*/*
    Toda pessoa saudável
    É alegre e gentilmente
    É o cartão de visita
    Das pessoas inteligentes
    Essa troca de harmonia
    Traz uma forte energia
    E um dia bem atraente.
    /*/**/*
    Quem busca a felicidade
    Na agenda traz amor
    Tem muita facilidade
    De ser bom acolhedor
    Atendendo gentilmente
    Tudo que faz é decente
    Sabe a vida dar valor.
    */**/*
    Não é dinheiro ou riqueza
    Que faz a vida atraente
    Quantos têm tudo na vida
    Mas parece um penitente
    Tudo que faz dar errado
    Por ninguém é desejado
    Um infeliz para sempre.
    /*/**/*
    A alegria é o bálsamo
    Que o coração cultivou
    Plantado em um jardim fértil
    Dar aroma, paz e amor
    Estas boas qualidades
    Pra nós traz felicidade
    Tem na agenda do amor.
    */**/*
    Quanto é gratificante
    Em você ver um sorriso
    Se amanhecer na duvida
    Não será mais indeciso
    Sabe tomar decisão
    Tem mais coragem e ação
    Seu dia é um paraíso.
    */**/*
    Aqui foi bem explicado
    Á agenda de ser feliz
    São os caminhos trilhados
    Azul do céu varonil
    Quem quer a felicidade
    Semeia amor e bondade
    Encontra o que sempre quis.

    */**/*
    http://recantodasletras.uol.com.br/autores/anízao
    anízio-santos@ibest.com.br
    HTTP://anizio-poesias.blogspot.com
    Campina Grande, 11/06/2007.

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  5. Poetas vivem num sonho/
    Levando a paz e o amor/
    É as vezes um sofredor/
    Mas só se expressa risonho/
    Demonstrando ser bisonho/
    Pela paz é instrutor/
    Um dom que Deus lhe doou/
    Que na sua mente invade/
    Poetas ainda não sabe/
    Mensurar o seu valor./
    **********************
    //Anizão, 29/06/2008.

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  6. Um poeta mesmo pobre/
    Bem sabe a vida levar/
    Sabe sorrir e chorar/
    As alegrias lhe cobre/
    Um poeta é sempre nobre/
    Suas lágrimas de tristeza/
    Ele rir com sutileza/
    Chorando demonstra amor/
    Mesmo carregando a dor/
    No peito só tem grandeza./
    ************************

    //Anizio, 01/04/2009

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  7. A NATUREZA E O HOMEM
    "A verdade que ninguém quer ver”

    Natureza é o nome
    Em geral mais conhecido
    Mas pra nova geração
    Já foi substituído
    Chama-se meio ambiente
    Todos já estão ciente
    Desse fato ocorrido

    Toda esta evolução
    Que vem no mundo ocorrendo
    Para o homem é natural
    Nada demais está havendo
    Veja quanta malvadeza
    Eles não sabem a grandeza
    Do mal que estão fazendo

    Os mares estão poluídos
    Rios cheios de venenos
    O homem contaminando
    Eles mesmos estão morrendo
    Estar dentro do perigo
    Sofrendo este castigo
    Mas não estão percebendo

    Inventou o automóvel
    Toda nação aprovou
    Mas o pior não pensou
    Muitos milhões já matou
    Com tanta inteligência
    Só não descobre a ciência
    Pra gerar paz e amor

    Nossas matas estão sumindo
    As florestas dizimadas
    Nossos índios primitivos
    São enganados por nada
    Eles já foram os donos
    Hoje estão no abandono
    Nas tribos abandonadas

    Os pássaros cantavam alegres
    Hoje cantam de tristeza
    O pomar não é lugar
    Com frutas da natureza
    Os mangues estão poluídos
    Só tem um cheiro fedido
    O ar não tem mais pureza

    O aroma das campinas
    Tinha um suave odor
    As ramagens balançavam
    Nos galhos cheios de flor
    Hoje só tem os gravetos
    Tudo virou esqueletos
    Só resta tristeza e dor

    As moças de antigamente
    Os seios eram uns cones
    Por obra da natureza
    Sem precisar silicone
    Hoje são todos caídos
    As mamas não tem sentido
    Parece até que deu pane

    Às mulheres do passado
    Tinham saúde e beleza
    Pariam um monte de filhos
    Mesmo sendo na pobreza
    Tinham pernas torneadas
    Não tinham veias quebradas
    Bonitas por natureza

    Nossa fauna era tranqüila
    No seu habitar normal
    Tinham espaço garantido
    Toda espécie de animal
    Mais o homem sem escrúpulo
    Só quer vantagem e ter lucro
    Destruiu causando mal

    Doença nos animais
    Por nome de zoonose
    Só lá no mato existia
    Sem perigo para nós
    Hoje tem febre amarela
    A Dengue dar na canela
    Que perdemos até a voz

    Na extração do minério
    Grandes crateras é formada
    A terra é mesmo um vulcão
    Toda ela é transformada
    No fabrico do carvão
    Ferro para as construções
    Toda terra é dizimada

    A natureza faz coisa
    Que nos faz admirar
    São coisas bem pequeninas
    Mas não sabemos explicar
    É a barata Ter brilho
    A galinha comer milho
    Beber água e não mijar

    O mar tem um movimento
    Que vai pra lá, e pra car.
    Isto é o tempo todo
    Não tem hora pra parar
    É o movimento da terra
    Nunca para nem emperra
    Mesmo sem lubrificar

    O gato é um animal
    Que nunca se ensinou
    Fazer as necessidade
    Porque nunca precisou
    Mas ele quando apertado
    Sai de casa vai cagar
    Depois enterra o cocô

    Na terra o homem ainda
    É o maior predador
    Destrói matas e campinas
    É mesmo um destruidor
    Sabendo que os animais
    Sofre com o que ele faz
    Mas ele não tem pudor

    Se o homem entendesse
    A língua dos animais
    Tomaria uma lição
    Não esquecia jamais
    Aprenderiam a viver
    Saudáveis com mais prazer
    E só procurava a paz

    O homem colhe da terra
    Alimento em abundância
    Mas do mesmo solo tira
    Toda sua substância
    Acaba a fertilidade
    Veja só quanta maldade
    Que tamanha ignorância

    segundo a bíblia sagrada
    Deus quando o mundo criou
    Fez o homem e a mulher
    No paraíso botou
    Pra viver só de beleza
    No pomar da natureza
    Mais Adão não suportou

    Adão sozinho vivia
    Sem nada para fazer
    Eva nova e bonitona
    Mas não sentia prazer
    Os jovens obediente
    Tentado pela serpente
    Foram na maçã mexer

    Aprenderam a brincadeira
    Jamais pensaram em parar
    Formaram uma geração
    Para na terra habitar
    Expulso do paraíso
    Veja só o prejuízo
    Que na terra foi causar

    Deste primeiro casal
    Formou-se uma geração
    Povoou a terra toda
    Formando toda nação
    A vida era saudável
    O problema hoje é grave
    Com tanta poluição

    O homem vive na terra
    Causando destruição
    Poluem o meio ambiente
    Guerra virou diversão
    A terra estar destruída
    Não se dar valor a vida
    Nem as crianças tem pão

    Água o líquido precioso
    Ta suja e contaminada
    Nossa reserva na terra
    É pouca não dar pra nada
    Acabou-se a água boa
    Parece que as pessoas
    Vai beber água salgada

    A luta neste planeta
    É pela sobrevivência
    O homem invade o espaço
    Não usa a inteligência
    O nosso ecossistema
    Passou a ser um dilema
    Por falta de competência

    A terra estar ferida
    Cheia de escavação
    Na extração do minério
    Formam cratera no chão
    Não estando satisfeito
    Dos rios aterram os leitos
    Sem nenhuma precaução

    Nossas fruteiras botavam
    Seus frutos bem saborosos
    Hoje estão contaminados
    Com veneno e desgostosos
    A onda agora é trnsgênico (a)
    É mesmo um caso polêmico
    Talvez até perigosos

    O homem mexe com tudo
    Até na reprodução
    Já se fala em cronar gente
    Mesmo sem ter relação
    Existe animais cronados
    Isto é fato consumado
    Vamos ver a reação

    Ó terra mãe gloriosa
    És parte desta grandeza
    Onde passamos a vida
    Admirando a beleza
    As vezes te ofendendo
    Quando não reconhecemos
    A tua grande nobreza

    A beleza de seus mares
    Eram cheios de pureza
    Faz com que valorizamos
    A nossa mãe natureza
    Sendo ferida aos poucos
    Perdoa aos homens loucos
    Ó que imensa grandeza

    Teus filhos são imaturos
    Aqui fica o meu recado
    Cuidado que no futuro
    Todos serão castigados
    O homem bagunça a terra
    Mas nela mesmo se enterra
    Para pagar seus pecados

    Das crianças eu ouço o choro
    Da terra ouço o gemido
    Das bombas que estão soltando
    Pêlos Estados Unidos
    Testando a máquina de guerra
    Querendo mandar na terra
    Trazendo só prejuízo

    Esses versos aqui retrata
    A devastação da terra
    Feita pela humanidade
    Um mal que nunca se encerra
    Já passou a ser cultura
    Para as gerações futuras
    Estudar como matéria

    Essa cultura do homem
    Não dar a terra valor
    Mexe com todo vivente
    Não importa onde for
    Mexe no ecossistema
    Que já virou até tema
    E dúvida do criador

    Tudo que foi relatado
    Um dia será revisto
    Por pessoas conscientes
    Iluminadas por Cristo
    Que tenha um coração
    Que ame a preservação
    Porque o fim é previsto

    Calado eu fico pensando,
    Jamais eu vou me conformar!
    Levo comigo esta mágoa,
    Calado não vou ficar!
    Nem quero ser reprimido,
    Pois nem tudo estar perdido,
    Indo aos poucos chego lá.

    Amigos, aqui retratei
    Na linguagem popular
    Imagens do que nós vemos
    Zunindo aqui acolá
    Isto é mesmo castigo
    Preste atenção no que digo
    Mãe Terra é pra respeitar

    Sei bem que este recado
    Alguém irá escutar
    Nada será impossível
    Talvez perto já estar
    Ouvindo estes lamentos
    Fará o seu julgamento
    Sabe Deus o que fará

    Aqui fica esta mensagem
    Faça uma reflexão
    Ame mais a natureza
    Preserve com atenção
    Não destrua quem lhe cria
    Olhe mais com simpatia
    Tenha mais compreensão.

    Evite fazer queimadas
    Não faça poluição
    Colha da terra alimento
    Sem fazer destruição
    O planeta lhe agradece
    Vai conservar as espécies
    Pra futura geração.

    Os terremotos começam
    Os vendavais começou
    Castigando esta nação
    Que muito a terra explorou
    É a resposta da terra
    Matando mais que as guerras
    Só num vento que soprou.

    Se você não acredita
    Se prepare seu doutor
    A ciência sabe tudo
    Mas a ninguém avisou
    Pegou todos de sopesa
    Pois é a mãe natureza
    Obra do Deus criador.

    Se você ler estes versos
    Faça a crítica por favor
    Que incentiva o poeta
    Ao trabalho dar valor
    É minha satisfação
    Leia com muita atenção
    Se esta obra aprovou


    Monteiro, 25/10/2005
    //Anizio
    www.aniziosantos.recantodasletras.com.br

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  8. Eu ainda sinto o cheiro! Das mãos que me afagou



    Mamãe você estar no céu!
    Com os anjos canta louvou...
    Mas na terra sinto o cheiro!
    E nas comidas o sabor...
    De tudo que preparavas,
    Aos teus filhos alimentavas!
    Com carinho e muito amor.

    Das tuas mãos carinhosas!
    Que tanto nos afagou...
    Ainda sinto o perfume,
    Que em mim você botou!
    Lembro os cabelos macios,
    Que eu puxava os fios...
    Quando mudavam a cor.

    Na casa onde morávamos,
    Ainda existe a panelas...
    Em um canto pendurado,
    Não brilha mais como era...
    Porque quando tu lavavas,
    Num espelho transformava!
    Eu via meu rosto nelas.

    Na sala está na parede!
    Um retrato envelhecido...
    Com teu rosto sorridente!
    Mas eu vejo entristecido,
    Procuro ali um cantinho...
    Fico chorando baixinho!
    Com meu coração ferido.

    Na casa tudo é silêncio!
    Não mais se houve a canção...
    Que aos domingos cantavas!
    Preparando a refeição,
    Com a tua voz sonora...
    Que eu guardo na memória,
    Eu quem fazia o refrão!




    À noitinha tu botavas...
    Nós quatro para rezar!
    Todos ainda pequenos,
    Traquinos a te perturbar...
    Em nós tu davas tapinhas,
    Mas ao fim da ladainha!
    Para o quarto ias chorar.

    Tu choravas por amor...
    Com pena porque bateu,
    Com tuas mãos carinhosas!
    Em quem desobedeceu,
    Mas na tua consciência!
    Julgavas ser imprudência...
    Bater num filho que é seu.

    Logo pela manhãzinha,
    Estavas a preparar...
    Uma comida quentinha!
    Para nos alimentar,
    Pra nos levar pra escola...
    Levavas até as sacolas!
    Pra peso nós não pegar.

    Assim foi a tua vida,
    Lutou pra nos ensinar...
    Pra sermos obediente!
    E na vida prosperar...
    Foste, a escola da vida!
    Mas com a tua partida...
    Não temos mãe para amar.

    Não amamos fisicamente!
    Amamos com o coração,
    Mamãe você estar ausente...
    Mas nós ouvimos à canção!
    Quando no quarto cantavas,
    Cada um tu abraçavas...
    Quando pedíamos a benção...!


    htt://recantodasletras.uol.com.br/autores/anízio
    Az-anizio@hotmail.com
    Campina Grande, 27/04/2007.

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  9. A arte de pintar é dom de Deus.
    /*/*/*/*
    A arte revela o passado e o presente
    Faz agente senti-se eternizado
    São reflexos em nós memorizados
    Nos momentos felizes e conscientes
    Mas só Deus é quem é onipresente
    Não importa onde esteja ele ver
    Cabe a nós neste Deus apenas crer
    Pelo dom da pintura eu tenho sede
    Desenhei seu retrato na parede
    E chorei com saudade de você.
    */*/*/*/*
    //Anízio
    //Recanto
    Campina Grande, 06/12/2008.

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  10. “A dor da solidão”

    Manhã de sol quente
    Céu azul nas alturas
    Humilde corpo sem vida
    É levada a sepultura
    Quem foi àquele vivente
    Muitos poucos ali presentes
    Quem foi esta criatura?

    No local onde dormia
    Numa gaveta ao seu lado
    Deixou as anotações
    Por ela, ali rascunhado;
    Anotações do amor
    Pelos que lhe abandonou
    Tudo deixou anotado

    Ao ser tirada do quarto
    Onde o corpo se encontrava
    Em um asilio singelo
    Onde a mulher lá estava
    Passando parte da vida
    Pela família esquecida
    Ali onde ela habitava

    Seguindo aquele féretro
    Ninguém ali pra chorar
    Pra sentir a falta dela
    Uma lágrima derramar
    Só as pessoas estranhas
    Humildemente acompanha
    Levando-a ao seu ultimo lar

    Sofrimento bem maior
    Nas palavras extravasarão
    Parte deste sentimento
    Grafado, anos a perturbação;
    -lembro de minhas crianças
    Que foi minha esperança
    Abandonaram-me, onde estão.

    Esta é a dor maior
    Ninguém vem me visitar
    Meus filhos onde andarão
    Que não vem dizer olá
    Se soubessem da tristeza
    Não me deixavam aqui presa
    Sem mesmo poder andar

    Aqui não posso sair
    Somente mãos generosas
    Levam-me pra tomar sol
    São moças muito bondosas
    Que com suas mão me pegam
    E para o jardim me levam
    Moças que são carinhosas

    E com o passar do tempo
    Meus filhos não aparecem
    Pra entrar por esta porta
    E me abraçar pudessem
    Beijando-me com carinho
    Num abraço apertadinho
    Tudo que uma mãe merece

    Hoje perco a esperança
    Começo a acreditar
    Que eles me esqueceram
    Não mais vem me visitar
    Fico c/ nó na garganta
    Essa dor que se agiganta
    Com lágrimas a derramar

    Um dia alguém me disse
    O túmulo não é o fim
    Esse alguém voltou e disse
    Jesus vive em um jardim
    Já baixou a sepultura
    Mas hoje estar nas alturas
    Tenho fé que seja assim

    Aqui descrevi um fato
    De quem é abandonado
    Internado pelos filhos
    Num asilio desprezado
    Morre de dor aflição
    Na mais triste solidão
    Fez tanto e não é lembrado


    //Anízio, 29/08/2006.
    www.aniziosantos.recantodasletras.com.br
    /Santos

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  11. Os desencontros da vida


    Eu já fui tudo na vida/
    Fui poeta e trovador/
    Nas serestas fui cantor/
    Tive uma vida florida
    Com mulheres preferidas/
    Fui bom moço e sedutor/
    Dando carinho e amor/
    Mas hoje tudo é ao invés/
    Já fui tudo que tu és/
    Hoje nem sei quem eu sou. /

    A vida dar muitas voltas/
    Giro que vai, mas não vem/
    Pra trazer quem quero bem/
    É isto que dar revolta/
    Felicidade não brota/
    É tudo fora do passo/
    Por isto tudo é fracasso/
    Parece até um azar/
    Sós mágoas pra lamentar/
    Quero chorar e não posso. /

    Não grito porque não posso/
    Pra chorar não tenho lágrimas/
    Já me afoguei nas mágoas/
    Nem pra correr tenho passos/
    Tudo que fiz, já não faço/
    Minha vida é de aflição
    Nem mesmo tenho emoção/
    Só me resta ansiedade/
    No silêncio da saudade/
    Só quem fala é o coração. /





    Monteiro, 06/06/2008.

    //Anizio
    //Azsantos

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  12. "O verdadeiro Amor"
    se não ama, e nem amou, não leia

    */*/*/*

    Um homem bastante idoso!
    Em uma clínica chegou,
    Pra fazer um curativo...
    Numa mão que machucou,
    Dizendo-se muito apressado...
    Porque estava atrasado,
    Um compromisso marcou.

    Enquanto a mão tratava...
    O médico lhe perguntou?
    Quis saber qual era a pressa!
    Assim pra o médico falou...
    Minha esposa é internada!
    Já me espera preocupada,
    Vou dar meu beijo de amor.

    Ela sofre de Alzheimer...
    Num estado avançado!
    Terminado o curativo...
    O médico interessado!
    Perguntou ao paciente?
    Sua esposa está ciente!
    Que você estar atrasado?.

    O senhor lhe respondeu...
    Não, a pressa é minha dr,
    Porque a minha esposa!
    Só vegeta coitadinha...
    Já não sabe quem eu sou!
    Mas é meu maior amor!
    Só pego em sua mãozinha.

    O médico assim falou...
    Se ela não mais conhece!
    Nem quem mais é o senhor...
    Porque tanto interesse...
    Em você vim todo dia,
    Pra lhe fazer companhia!
    E você com tanto estresse!

    O velho sorriu pra o médico,
    Deu-lhe uma palmadinha...
    E para o médico ele disse,
    Dr. ela é esposa minha...
    Não sabe mais quem eu sou!
    Mas foi ela quem me amou...
    Durante a vida todinha!...

    Enquanto o senhor saia!
    Andando muito apressado...
    Pensando o médico saiu!
    Dalí muito emocionado,
    -É deste amor que eu queria...
    Que Deus me desse um dia!
    Pra viver sempre ao meu lado.

    Pois o amor verdadeiro!
    Não se reduz ao físico...
    É romântico, e tem ação!
    Enfrenta-se qualquer risco...
    Não importa o que já foi,
    Todo futuro é dos dois!
    Puro com paz, e aceitação.

    /*/*/*/*/*/*/*/*/*/*/*/*/*

    //Anizio
    //Santos
    az-anizio@hotmail.com
    Campina Grande, 04/06/2007.

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