VISITAS DOS POETAS AO MUNDO CORDEL
Uma das coisas boas de se manter um blog como este, destinado à divulgação da cultura, é receber dos visitantes, e dos próprios autores, comentários acerca do material divulgado, inclusive sugerindo novas postagens.
Rouxinol do Rinaré e Flávio Martins, do IMEPH, nos deram essa alegria. Postei sobre os livros de cordel ilustrados do IMEPH, voltados para o público infantil, um deles de autoria de Rouxinol, e eles me presentearam com o comentário:
Poeta Marcos Mairton
Uma das coisas boas de se manter um blog como este, destinado à divulgação da cultura, é receber dos visitantes, e dos próprios autores, comentários acerca do material divulgado, inclusive sugerindo novas postagens.
Rouxinol do Rinaré e Flávio Martins, do IMEPH, nos deram essa alegria. Postei sobre os livros de cordel ilustrados do IMEPH, voltados para o público infantil, um deles de autoria de Rouxinol, e eles me presentearam com o comentário:
Poeta Marcos Mairton
Eu sinto ser necessário
Agradecer-te a atenção
Quando fazes comentário
Aos meus versos e remete
Nas ondas da internet
Num blog extraordinário.
Sou ciente que você
É juiz e menestrel
E grande divulgador
Dessa cultura fiel
Às raízes populares
Plantando entre os potiguares
A semente do cordel.
Flávio Martins do IMEPH
Te manda um muito obrigado
Pela atenção e espaço
Que você tem dispensado
No seu blog, sobre tudo
Os livros e o conteúdo
Que você tem divulgado.
Nonato Luiz também nos deu esse prazer, quando, a respeito da declamação de OS CINCO SENTIDOS ao som de Rubi Grená, disse:
Olha já visitei o seu blog e achei realmente uma maravilha a sua poesia "OS CINCO SENTIDOS" junto a minha música "RUBI GRENÁ. Para seu contrôle gostaria de te falar que achei perfeito o ritmo, a colocação(entonação) e o timbre da voz no momento em que você declama os belíssimos versos com a música rolando ao fundo. Meus parabéns.
Depois foi Mundim do Vale, que também teve poesia exposta por aqui:
Mairton.
Olha já visitei o seu blog e achei realmente uma maravilha a sua poesia "OS CINCO SENTIDOS" junto a minha música "RUBI GRENÁ. Para seu contrôle gostaria de te falar que achei perfeito o ritmo, a colocação(entonação) e o timbre da voz no momento em que você declama os belíssimos versos com a música rolando ao fundo. Meus parabéns.
Depois foi Mundim do Vale, que também teve poesia exposta por aqui:
Mairton.
Ricardo me falou do seu interesse por cultura popular e por isto eu tomei a liberdade de enviar em anexo alguns trabalhos. São da minha autoria e responsabilidade pode usá-los da forma quelhe convier.
Abraço.
Mundim do Vale. Do Vale do Machado.
Ou Raimundinho Piau. Da terra do arroz.
Encerro, portanto, com mais uma das várias poesias que Mundim do Vale nos enviou. Como muita gente trafega por aqui em busca de dicas para escrever um bom cordel, segue uma muito instrutiva:
RECEITA PARA CORDEL
Mundim do Vale
Encerro, portanto, com mais uma das várias poesias que Mundim do Vale nos enviou. Como muita gente trafega por aqui em busca de dicas para escrever um bom cordel, segue uma muito instrutiva:
RECEITA PARA CORDEL
Mundim do Vale
O verso para cordel
Fica bem em septilha,
Mas faltando ingrediente
Pode ser feito em sextilha,
Faça por essa receita
Que fica uma maravilha.
Não esqueça de botar
Um pouco de alegria,
Humor é fundamental
Para a boa poesia,
Se o colega duvidar
Confirme com Zé Maria.
Não queira fazer volume
Não force a inspiração,
O cordel tem que ter arte,
Rima e metrificação,
Lembre que o melhor sabor
É da pequena porção.
Desenvolva seu cordel
Com humildade e amor,
Coloque tempero bom
Para agradar o leitor,
Pois ele é quem avalia
A receita do autor.
Se você tem esse dom
Só precisa aprimorar,
Se nasceu pra ser poeta
A rima não vai faltar,
Você acha inspiração
Sem precisar se esforçar.
Uma pitada de rima
Você tem que acrescentar,
Métrica se faz relevante
Para o verso não quebrar,
Na cobertura uma capa
Para melhor ilustrar.
Para o cordel não queimar
Faça a receita segura,
Acrescente a construção
E o enredo na mistura,
Depois faça a impressão
Em média temperatura.
Faça sozinho a receita
Pra ser personalizada,
Não é bom fazer cordel
Com ajuda atrapalhada,
Panelas que muitos mechem
Ou fica insossa ou salgada.
Não bote muita pimenta
Controle também o sal,
O cordel precisa ser
Espontâneo e natural,
Que depois de concluído
Tem seu valor cultural.
A receita de cordel
Tem que ser bem coerente,
Se o colega quer fazer
Procure um tema decente,
Para não ficar vulgar
Obedeça a sua mente.
A receita pede ainda
A responsabilidade,
O cordel é um projeto
Que requer capacidade,
Para não ficar restrito
Somente a maioridade.
Fazendo pela receita
Sabendo metrificar,
Botando a rima perfeita
No seu devido lugar,
Nenhum catador de pulgas
Vai ter erros pra catar.
Faça toda essa receita
Bem distante de fascismo,
Não deixe se aproximar
De onde houver o machismo,
Procure evitar também
Contato com o racismo.
Bote os temperos com calma
Cada um na sua vez,
Não esqueça de botar
Dez gramas de sensatez,
Que quando o leitor olhar
Já sabe quem foi que fez.
Bote um pouco de equilíbrio
Pra manter a disciplina,
Não vá repetir temperos
Para não virar rotina,
Depois coloque o aroma
Da essência nordestina.
Quando a mistura apurar
Polvilhe sinceridade,
Enquanto ela descansa
Faça o molho da amizade,
Para depois ser servida
Com o recheio da verdade.
Coloque tudo na ordem
Antes de botar na mesa,
Verifique a aparência
Para servir com certeza,
Que a receita ficou
Ilustrada com pureza.
Mexendo bem devagar
Vá botando sentimento,
Bote a ética gradual
Conforme o seu pensamento,
E para não embolar
Bote todo o seu talento.
A receita também mostra
O cordel como mensagem,
O autor vira um ator
Do seu próprio personagem,
E assim o poeta faz
Mais perfeita a sua imagem.
Depois da receita pronta
O leitor vai degustar,
E autor sem vaidade
Fica a se perguntar:
Será que eu contribuí
Pra cultura popular?
Não deixe que o orgulho
Altere seu proceder,
Não alto se valorize
Mantenha o jeito de ser,
Pois quem julga seu cordel
È o leitor depois de ler.
Se você tá começando
Leia a receita também,
Que um dia você será
Um cordelista de bem,
Mas cresça com humildade
Sem atropelar ninguém.
Se o leitor já é poeta
Desculpe a intervenção,
Não sou nenhum professor
Para querer dar lição,
Eu também ando na busca
Da fonte de inspiração.
Aqui termino a receita
De um cordel confeitado,
Espero que os poetas
Recebam bem o recado,
Assino Mundim do Vale
Da região do Machado.
A receita de cordel
Tem que ser bem coerente,
Se o colega quer fazer
Procure um tema decente,
Para não ficar vulgar
Obedeça a sua mente.
A receita pede ainda
A responsabilidade,
O cordel é um projeto
Que requer capacidade,
Para não ficar restrito
Somente a maioridade.
Fazendo pela receita
Sabendo metrificar,
Botando a rima perfeita
No seu devido lugar,
Nenhum catador de pulgas
Vai ter erros pra catar.
Faça toda essa receita
Bem distante de fascismo,
Não deixe se aproximar
De onde houver o machismo,
Procure evitar também
Contato com o racismo.
Bote os temperos com calma
Cada um na sua vez,
Não esqueça de botar
Dez gramas de sensatez,
Que quando o leitor olhar
Já sabe quem foi que fez.
Bote um pouco de equilíbrio
Pra manter a disciplina,
Não vá repetir temperos
Para não virar rotina,
Depois coloque o aroma
Da essência nordestina.
Quando a mistura apurar
Polvilhe sinceridade,
Enquanto ela descansa
Faça o molho da amizade,
Para depois ser servida
Com o recheio da verdade.
Coloque tudo na ordem
Antes de botar na mesa,
Verifique a aparência
Para servir com certeza,
Que a receita ficou
Ilustrada com pureza.
Mexendo bem devagar
Vá botando sentimento,
Bote a ética gradual
Conforme o seu pensamento,
E para não embolar
Bote todo o seu talento.
A receita também mostra
O cordel como mensagem,
O autor vira um ator
Do seu próprio personagem,
E assim o poeta faz
Mais perfeita a sua imagem.
Depois da receita pronta
O leitor vai degustar,
E autor sem vaidade
Fica a se perguntar:
Será que eu contribuí
Pra cultura popular?
Não deixe que o orgulho
Altere seu proceder,
Não alto se valorize
Mantenha o jeito de ser,
Pois quem julga seu cordel
È o leitor depois de ler.
Se você tá começando
Leia a receita também,
Que um dia você será
Um cordelista de bem,
Mas cresça com humildade
Sem atropelar ninguém.
Se o leitor já é poeta
Desculpe a intervenção,
Não sou nenhum professor
Para querer dar lição,
Eu também ando na busca
Da fonte de inspiração.
Aqui termino a receita
De um cordel confeitado,
Espero que os poetas
Recebam bem o recado,
Assino Mundim do Vale
Da região do Machado.
Caro amigo Mairton,
ResponderExcluirquero registrar, muito feliz,que a receita de cordel feita pelo talentoso Mundim do Vale foi bastante proveitosa para mim. Embora os meus cordéis ainda não tenham esse tempero tão equilibrado e de qualidade, que torna a poesia pura e encantadora, vou aprendendo com vocês,os mestres.
Grande abraço, extensivo ao vate Mundim do Vale.
Gilbamar de Oliveira
Gostei muito da receita/
ResponderExcluirPra fazer as poesias/
Com rimas e com maestria/
Petrificadas e perfeita/
Que todo leitor aceita/
Ler com prazer e emoção/
As histórias e criação/
Depois duma lição desta/
Só se não for um poeta/
Pois a venda não tem não./
*************************
//Anizio
O tempero do cordel/
ResponderExcluirNuma noite enluarada/
Na roça em uma latada/
E uma caninha com mel/
E uma plateia fiel/
Um cabra bom pra cantar/
E as rimas não misturar/
Isto é festa da cultura/
Que vem da alma e é pura/
Pra nós ouvir e vibrar./
**********************
//Anizio
Se o poeta recebesse
ResponderExcluirPelo valor que ele tem
Sem desmerecer ninguem
Não há cofre que coubesse
Nem que a crise viesse
Dinheiro era de montão
Não comprava a prestação
Dos bancos era acionista
Era a maior conquista
Sendo os poetas patrão...
*************************
//Anizão, 26/09/2008.
Ai se eu podesse dar/
ResponderExcluirAos poetas seu valor/
Pelo seu grande vigor/
Em poesias a cantar/
Com palavras retratar/
Dando a vida alegria/
Dom que faz com maestria/
Com palavras de emoção/
Com extrema vibração/
Com muito amor eu faria./
***************************
//Anizio
As mágoas de um poeta/
ResponderExcluirEm rimas ele transforma/
Suas frases viram obra/
Mas chorar ele detesta/
Da tristeza ele faz festa/
Quem não conhece se engana/
Mais saiba o poetas ama/
Tambem sofre por amor/
Carrega no peito a dor/
Vive alegre e não reclama./
*************************
//Anizio
Gostei da receita
ResponderExcluirprovou que você é
um homem inteligente
fazendo cordel de um jeito
que impreciona a gente.
a receita é muito boa
pra um poeta degustar
na mais fina culinaria
que podemos saborear...
Sempre gostei de escrever
ResponderExcluirEm quadra não sei porque...
Talvez por ser nato poeta,
Na rima vou me manter.
Mas com essa aula de ouro,
Com sextilha eu vou tentar
Aprender tudo de novo
Para poder divulgar
O tudo que aprendi,
Sem a rima abandonar!
Antonio Alvares
Santa Catarina - Brasil
Entre tantos menestréis
ResponderExcluirSó tenho a agradecer
Por também ser nordestino
Onde posso aprender
Com tantos poetas nobres
Essa arte de escrever
Qualquer um pode aprender
Nesta arte de rimar
Com tanta receita nobre
É fácil de se encantar
Vamos dar todo valor
A cultura popular
Importante é lembrar
O que nós pudemos ver
Na receita de cordel
Nós temos que entender
Que os temas escolhidos
É pra todo mundo ler
Laécio Fernandes
com a receita dada
ResponderExcluirum cordel vou fazer
jamais esquecerei das dicas
que o mestre Machado passou a escrever
fernando rocha dario meira ba
ESCREVER EM VERSO E RIMA
ExcluirNA LEITURA DO CORDEL
É MUITO GRATIFICANTE
CADA RIMA UM PITEL
BRINCAMOS DE APRENDER
ESCREVENDENDO NUM PAPEL
É BONITO DE SE VER
TODO MUNDO EMPOLGADO
TENTANDO FAZER SEUS VERSOS
CADA UM INTERESSADO
TENTANDO COM A RECEITA
TIRAR UM APRENDIZADO
FICO MUITO ANIMADO
GRANDE É MINHA EMOÇÃO
EM VER O CORDEL NAS REDES
GANHANDO PROPAGAÇÃO
FALANDO QUALQUER ASSUNTO
COM HUMOR E DIVERSÃO
SEJA QUAL INFORMAÇÃO
ANTIGA OU ATUAL
SEJA TRISTE OU ALEGRE
NO PAPEL OU VIRTUAL
O CORDEL DESCREVE TUDO
DO LÚDICO A VIDA REAL
ISSO É SENSACIONAL
E QUERO ACRESCENTAR
O POETA CORDELISTA
TEM MENTE ESPETACULAR
FALA TUDO EM VERSO E RIMA
SEM DEIXAR NADA ESCAPAR
VAMOS PARABENIZAR
AQUI TIRO MEU CHAPEL
PARA TODOS OS POETAS
TODOS SÃO MENESTREL
CONTINUEM PROPAGANDO
A LEITURA EM CORDEL.
LAÉCIO FERNANDES(MOSSORÓ-RN)