A SECA D´ALMA É TÃO DURA
QUANTO A SECA DO SERTÃO
Paulo Barja
No galope cavalgamos
criando nossa poesia
porém, nesse dia-a-dia
é nossa dor que cantamos;
muitas vezes trabalhamos
sem ganhar nenhum tostão,
enquanto muito ladrão
aumenta a própria fartura
- A seca d´alma é tão dura
Quanto a seca do sertão.
O transporte anda pra trás,
teatro é abandonado
e o Banhado é vitimado
por crimes ambientais.
Já ninguém aguenta mais:
vão aprovar a extração
de areia em votação
no meio da noite escura?
- A seca d´alma é tão dura
Quanto a seca do sertão.
Não dá pra aceitar de novo
essa velha ladainha:
distribuem a farinha
mas privatizam o ovo!
Há quem se lembre do povo
só na hora da eleição,
mas nossa reclamação
tanto bate até que fura:
- A seca d´alma é tão dura
Quanto a seca do sertão.
Grande abraço,
Visite, de autoria de Paulo Barja:
www.cordeisjoseenses.blogspot.com
www.cartoesjoseenses.blogspot.com
Foto da postagem obtida em: Sobral Portal de Notícias
Excelente!! Comentava sobre algo como esta secura da alma, com um amigo estes dias. Estamos cada vez mais áridos...
ResponderExcluirParabéns Paulo e obrigado Marcão!!
[]ss
Parabéns, Mundo Cordel
ResponderExcluirPor este poema postado.
Paulo Barja é abalizado,
É poeta menestrel,
Ninguém lhe tira o papel.
Pensa em nosso país,
Que caminha por um triz.
Vivemos na corda bamba,
Aqui, “tudo acaba em samba”
Vivendo eterno tropel.
Abraço,
Rosário Pinto