O QUE FALTA NA HUMANIDADE
Semana passada MundoCordel recebeu pedido da poesia "Aquela dose de amor", de Antonio Francisco. Trata-se, realmente, de obra que dá gosto de se ler. E nesses tempos de conscientização em favor da ecologia, é oportuna a reflexão para a responsabilidade do ser humano pelas dificuldades pelas quais o planeta está passando. Fiquemos com a poesia de Antonio Francisco (para ler mais sobre Antonio Francisco neste blog, clique aqui):
AQUELA DOSE DE AMOR
(do livro DEZ CORDÉIS NUM CORDEL SÓ, Ed. Queima-Bucha, Mossoró, 2006)
Antonio Francisco
Um certo dia eu estava
Ao redor da minha aldeia
Atirando nas rolinhas,
Caçando rastros na areia,
Atrás de me divertir
Brincando com a vida alheia.
Eu andava mais na sombra
Devido ao sol muito quente,
Quando vi uma juriti
Bebendo numa vertente.
Atirei, ela voou.
Mas foi cair lá na frente.
Carreguei a espingarda,
Saí olhando pro chão,
Procurando a juriti
Nos troncos do algodão,
Quando surgiu um velhinho
Com um taco de pão na mão.
O velho disse: - “Senhor,
Não quero lhe ofender,
Mas se está com tanta fome
E não tem o que comer,
Mate a fome com este pão,
Deixe este pássaro viver.”
Eu disse: - Muito obrigado,
Pode guardar o seu pão...
Eu gasto mais do que isso
Com a minha munição.
Eu mato só por prazer,
Eu caço por diversão.
O velho disse: -“É normal
Esse orgulho do senhor
E todo esse egoísmo
Que tem no interior.
É porque falta no peito
Aquela dose de amor.
Se eu tivesse botado
Ela no seu coração,
Você jamais mataria
Um pardal sem precisão,
Nem dava um tiro num pato
Apenas por diversão.”
Eu fiquei muito confuso
Com as frases do ancião.
Aquelas suas palavras
Tocaram meu coração
Derrubando meu orgulho
E a vaidade no chão.
Me vali da humildade
E disse: - Perdão, senhor,
Desculpe a minha arrogância,
Mas lhe peço um favor,
Que me conte essa história
Sobre essa dose de amor.
O velho disse: - “Pois não.
Vou explicar ao senhor
Porque mesmo sem querer
Sou o maior causador
De hoje em dia o ser humano
Ser tão carente de amor.
Isso tudo aconteceu
Há muitos séculos atrás
Quando meu Pai fez o mundo
Terra, mares, vegetais.
Me pediu pra lhe ajudar
No último dos animais.
Pai me disse: - ‘Filho, eu fiz
Da formiga ao pelicano;
Botei veneno na cobra,
Bico grande no tucano,
Agora estou terminando
Este animal ser humano.
Mas ficou meio sem graça
Este animal predador...
O couro não deu pra nada,
A carne não tem sabor,
Na cabeça tem juízo,
Mas, no peito, pouco amor.
Por isso que eu lhe chamei
Pra você lhe consertar,
Botar mais amor no peito,
Lhe ensinar a amar
E tirar dessa cabeça
O desejo de matar’.
Depois disse: - ‘Filho, vá
Amanhã lá no quintal,
No casa dos sentimentos,
Perto do pote do mal...
Traga a dose de amor
E bote nesse animal’.
De manhã eu fui buscar
Aquela dose sozinho,
Mas na volta me entreti
Brincando com um passarinho
Perdi a dose do amor
Numa curva do caminho.
Quando eu notei que perdi,
Voltei correndo pra trás,
Procurei em todo canto,
Mas cadê eu achar mais.
Aí eu fiz a loucura
Que toda criança faz.
Voltei, peguei outra dose
Igualzinha a do amor,
O vidro da mesma altura,
O rótulo da mesma cor...
Cheguei em casa e botei
No peito do predador.
Mas logo no outro dia
Meu pai sem querer deu fé
Do animal ser humano
Chutando o sapo com o pé
E no outro ele mangando
Dos olhos do caboré.
Vendo aquilo pai chorou,
Ficou triste, passou mal,
Me chamou e disse: - ‘Filho,
O bicho não tá normal.
O que foi que você fez
No peito desse animal?’
Quando eu contei a verdade
De tudo aquilo que eu fiz
Pai disse tremendo a voz:
- ‘Eu sei que você não quis,
Mas você botou foi ódio
No peito desse infeliz.
Esse bicho inteligente
Com esse ódio profundo,
Com pouco amor nesse peito
Não vai parar um segundo
Enquanto não destruir
A última célula do mundo.
Depois daquelas palavras,
Chorei como um santo chora.
Quando foi à meia-noite
Eu saí de porta afora
E nunca mais eu pisei
Na casa que meu pai mora.
Daquele dia pra cá
É esta a minha pisada,
Procurando aquela dose
Em todo canto da estrada,
Pois, sem ela, o ser humano
Pra meu pai não vale nada.
Sem ela, vocês humanos
Não sabem dar sem pedir,
Viver sem hipocrisia,
Ficar por trás sem trair
Nem distante do poder
Nem discursar sem mentir.
Sem ela, vocês trucidam
E batizam os crimes seus.
Na era medieval
Queimaram bruxas e ateus
E perseguiram os hereges
Usando o nome de Deus.
Sem ela, foram pra África
E fizeram a escravidão...
Com os grilhões do preconceito
Escravizaram o irmão
Com a espada na cintura
E uma bíblia na mão’.
O velho disse: - “Perdoe
Ter tomado o tempo seu.
Consertar vocês, humanos,
É um problema só meu.”
Aí o velho sumiu
Do jeito que apareceu.
E eu fiquei ali em pé
Coçando o queixo com a mão,
Pensando se era verdade
As frases do ancião
Ou se era tudo fruto
Da minha imaginação.
E naquele mesmo instante
Vi passando na estrada
A juriti que eu chumbei
Com uma asa quebrada,
Mas não tive mais coragem
De atirar na coitada.
Joguei fora a espingarda,
Voltei olhando pro chão
Procurando aquela dose
Nos troncos do algodão
Pra guardá-la com carinho
Dentro do meu coração.
Se acaso algum de vocês
Tiver a felicidade
De encontrar aquela dose,
Eu peço por caridade
Derrame todo o sabor
Daquela dose de amor
No peito da humanidade.
(do livro DEZ CORDÉIS NUM CORDEL SÓ, Ed. Queima-Bucha, Mossoró, 2006)
Antonio Francisco
Um certo dia eu estava
Ao redor da minha aldeia
Atirando nas rolinhas,
Caçando rastros na areia,
Atrás de me divertir
Brincando com a vida alheia.
Eu andava mais na sombra
Devido ao sol muito quente,
Quando vi uma juriti
Bebendo numa vertente.
Atirei, ela voou.
Mas foi cair lá na frente.
Carreguei a espingarda,
Saí olhando pro chão,
Procurando a juriti
Nos troncos do algodão,
Quando surgiu um velhinho
Com um taco de pão na mão.
O velho disse: - “Senhor,
Não quero lhe ofender,
Mas se está com tanta fome
E não tem o que comer,
Mate a fome com este pão,
Deixe este pássaro viver.”
Eu disse: - Muito obrigado,
Pode guardar o seu pão...
Eu gasto mais do que isso
Com a minha munição.
Eu mato só por prazer,
Eu caço por diversão.
O velho disse: -“É normal
Esse orgulho do senhor
E todo esse egoísmo
Que tem no interior.
É porque falta no peito
Aquela dose de amor.
Se eu tivesse botado
Ela no seu coração,
Você jamais mataria
Um pardal sem precisão,
Nem dava um tiro num pato
Apenas por diversão.”
Eu fiquei muito confuso
Com as frases do ancião.
Aquelas suas palavras
Tocaram meu coração
Derrubando meu orgulho
E a vaidade no chão.
Me vali da humildade
E disse: - Perdão, senhor,
Desculpe a minha arrogância,
Mas lhe peço um favor,
Que me conte essa história
Sobre essa dose de amor.
O velho disse: - “Pois não.
Vou explicar ao senhor
Porque mesmo sem querer
Sou o maior causador
De hoje em dia o ser humano
Ser tão carente de amor.
Isso tudo aconteceu
Há muitos séculos atrás
Quando meu Pai fez o mundo
Terra, mares, vegetais.
Me pediu pra lhe ajudar
No último dos animais.
Pai me disse: - ‘Filho, eu fiz
Da formiga ao pelicano;
Botei veneno na cobra,
Bico grande no tucano,
Agora estou terminando
Este animal ser humano.
Mas ficou meio sem graça
Este animal predador...
O couro não deu pra nada,
A carne não tem sabor,
Na cabeça tem juízo,
Mas, no peito, pouco amor.
Por isso que eu lhe chamei
Pra você lhe consertar,
Botar mais amor no peito,
Lhe ensinar a amar
E tirar dessa cabeça
O desejo de matar’.
Depois disse: - ‘Filho, vá
Amanhã lá no quintal,
No casa dos sentimentos,
Perto do pote do mal...
Traga a dose de amor
E bote nesse animal’.
De manhã eu fui buscar
Aquela dose sozinho,
Mas na volta me entreti
Brincando com um passarinho
Perdi a dose do amor
Numa curva do caminho.
Quando eu notei que perdi,
Voltei correndo pra trás,
Procurei em todo canto,
Mas cadê eu achar mais.
Aí eu fiz a loucura
Que toda criança faz.
Voltei, peguei outra dose
Igualzinha a do amor,
O vidro da mesma altura,
O rótulo da mesma cor...
Cheguei em casa e botei
No peito do predador.
Mas logo no outro dia
Meu pai sem querer deu fé
Do animal ser humano
Chutando o sapo com o pé
E no outro ele mangando
Dos olhos do caboré.
Vendo aquilo pai chorou,
Ficou triste, passou mal,
Me chamou e disse: - ‘Filho,
O bicho não tá normal.
O que foi que você fez
No peito desse animal?’
Quando eu contei a verdade
De tudo aquilo que eu fiz
Pai disse tremendo a voz:
- ‘Eu sei que você não quis,
Mas você botou foi ódio
No peito desse infeliz.
Esse bicho inteligente
Com esse ódio profundo,
Com pouco amor nesse peito
Não vai parar um segundo
Enquanto não destruir
A última célula do mundo.
Depois daquelas palavras,
Chorei como um santo chora.
Quando foi à meia-noite
Eu saí de porta afora
E nunca mais eu pisei
Na casa que meu pai mora.
Daquele dia pra cá
É esta a minha pisada,
Procurando aquela dose
Em todo canto da estrada,
Pois, sem ela, o ser humano
Pra meu pai não vale nada.
Sem ela, vocês humanos
Não sabem dar sem pedir,
Viver sem hipocrisia,
Ficar por trás sem trair
Nem distante do poder
Nem discursar sem mentir.
Sem ela, vocês trucidam
E batizam os crimes seus.
Na era medieval
Queimaram bruxas e ateus
E perseguiram os hereges
Usando o nome de Deus.
Sem ela, foram pra África
E fizeram a escravidão...
Com os grilhões do preconceito
Escravizaram o irmão
Com a espada na cintura
E uma bíblia na mão’.
O velho disse: - “Perdoe
Ter tomado o tempo seu.
Consertar vocês, humanos,
É um problema só meu.”
Aí o velho sumiu
Do jeito que apareceu.
E eu fiquei ali em pé
Coçando o queixo com a mão,
Pensando se era verdade
As frases do ancião
Ou se era tudo fruto
Da minha imaginação.
E naquele mesmo instante
Vi passando na estrada
A juriti que eu chumbei
Com uma asa quebrada,
Mas não tive mais coragem
De atirar na coitada.
Joguei fora a espingarda,
Voltei olhando pro chão
Procurando aquela dose
Nos troncos do algodão
Pra guardá-la com carinho
Dentro do meu coração.
Se acaso algum de vocês
Tiver a felicidade
De encontrar aquela dose,
Eu peço por caridade
Derrame todo o sabor
Daquela dose de amor
No peito da humanidade.
antonio , eu era um tolo, pq nao sabia a beleza d um cordel , os semtimentos q um cordel passava, mais depois q eu conheci ,o livro DES CORDEIS NUM CORDEL SO ,eu abrir meus semtimentos , no sou nem poeta , mais pretendo ser , kara , vc mim acordou para , a poesia nordestina , obg , antonio francisco , por abrir meus olhos para a vida poetica....... eu nome e jose thiago dias da silva , sou do interior , sou nordestino com muito amor , e gosto dos seus cordeis , e fico com vontade , de ser um grande editor .......
ResponderExcluirAntonio francisco é um genio,o cara tem textos profundos e exemplares,quem ler um cordel de Antonio francisco,muda completamente a visao sobre o mundo e sobre a vida,tenho muito orgulho de ser nordestina,e de conviver com pessoas inteligentes e maravilhosas com Antonio
ResponderExcluirabraço
antonio é um genio
ResponderExcluirpara me é o melhor
engradece o nordeste
enriquece mossoró
com uma caneta na mão
fez com inspiração
dez cordéis num cordel só.
eu sou fá desse poeta
ResponderExcluirda terra de mossoró
para me antonio francisco
com certeza é o melhor
se quero ler um bom cordel
a opção de maciel
é dez cordel num cordel só
ele sabe q eu adoro os cordeis dele! xD
ResponderExcluirEle é genial mesmo! Tenho orgulho de ter um poeta como esse na minha terra querida
ResponderExcluirMossoró é uma cidade prestigiada por ter um artista espetacular...
ResponderExcluirParabéns Antônio Francisco admiro muito seu trabalho.
Mossoró é uma cidade prestigiada
ResponderExcluirpor ter um artista espetacular...
Parabéns Antônio Francisco, no Ramo do Cordel
pra mim só há você, admiro muito seu trabalho...
Beijos...
parabéns. mossoro pelo poeta que tem antonio francisco voce e um gênio.
ResponderExcluirE VIVA ANTONIO FRANCISCO
ResponderExcluirUM POETA VERDADEIRO
QUE NASCEU EM MOSSORO
É CONHECIDO NO MUNDO INTEIRO
COM DEZ CORDEIS NUM CORDEL SÓ
DO BRASIL É P I O N E I R O...!
Nazareno júnior de Ipanguaçu, quero dizer que sou um grande adimirador, fã dos seus trabalhos e desejo q Deus te abençoe sempre e que as pessoas se atentem mais para os seus escritos: quem sabe assim balaçam a rede do mundo pois ainda dorme. Parabens!
ResponderExcluirSou Fã de Antonio Francisco desde que o conheci, admiro muito sua poesia e principalmente a pessoa linda que ele é... um grande abraço Antonio... Pedro Boneco Olinda - PE
ResponderExcluirmuito bom gostei :)
ResponderExcluirSem palavras. Simplesmente fantástico esse nosso poeta mossoroense. Ele consegue nos fazer ao mesmo tempo rir e refletir sobre as ações do ser humano. Impossível escolher apenas um cordel, mas posso pegar "aquela dose de amor" e jogar nos "animais têm razão", e depois de realizar "meu sonho", posso tomar banho no "rio mossoró" me "balançar na rede do mundo" e contar para meus netos sobre "a lenda da ilha amarela" e de "um bairro chamado lagoa do mato" e sobre a cidade que expulsou Lampião,e morrer de rir com "o lado bom da preguiça". Parabens Antonio. Sua pessoa é maior que sua obra: Simples, divertido,incansável, auto-astral e humanista, sempre gostando do que faz e nunca se esquecendo de sua terra natal. São poucos os lendários sobreviventes como você Antonio. sou seu fã incondicional e foi por sua causa que comecei a escrever cordeis e não parei mais.
ResponderExcluirLaecio Fernandes de Medeiros.
Muito bom não sabia a beleza que um cordel tem mais agora sei e vou ler mais porque é muito bom
ResponderExcluirSou caicoense e poeta
ResponderExcluirporém eu não me arrisco
não tenho a palavra certa
ainda sou meio arisco
mas minha alegria é pura
aqui na casa da cultura
conheci Antõnio Francisco
fiquei bastante encantado
e ao mesmo tempo feliz
ao vê-lo tão inspirado
assim como o povo diz
me emocionei eu juro
e até hoje procuro
o poema que eu não fiz
vi que uma doze de amor
modifica um coração
a natureza formou
na mata uma reunião
ver o contexto é saber
temos que reconhecer
os bichos quem tem razão
Maurílio Fernandes-Caicó RN.
Sou caicoense e poeta
ResponderExcluirporém eu não me arrisco
não tenho a palavra certa
por isso sou meio arisco
mais minha alegria é pura
aqui na casa da cultura
conheci Antônio Francisco
fiquei muito emocionado
e ao mesmo tempo feliz
ao vê-lo tão inspirado
assim como o povo diz
fiquei encantado eu juro
e até hoje procuro
o poema que eu não fiz
vi que uma doze de amor
modifica um coração
que a natureza formou
na mata uma reunião
quem viu que pode entender
temos que reconhecer
que os bichos tinham razão!
Maurílio Fernandes-Caicó RN
Olá ! adorei o seu blog mas queria saber se você poderia mandar para min do cordelista Antônio Francisco o cordel chamado Meu sonho procurei muito mas não acho em nem um lugar ficaria muito grata se você poder me ajudar... Agradeço desde já !
ResponderExcluirOlá ! amei o seu blog ... mas queria saber se você poderia publicar Meu sonho de Antônio Francisco ,procurei em todos os lugares mas não achei em nem um lugar se você poder me ajudar nisso eu lhe agradeço muito! espero que possa !! Eu lhe agradeço desde de já !!
ResponderExcluirHá muito aspiro conhece-lo pessoalmente. Em meio a um mudo tenebroso de futilidades e imoralidades o poeta Antônio Francisco me anima a continuar trabalhando com literatura. Balança a rede do mundo ,poeta que o mundo está dormindo!
ResponderExcluirgrende!! mestre da literatura de cordel o orgulho da nossa cidade mossoró :D
ResponderExcluirCORROBORO TODOS OS COMENTÁRIOS DE ELOGIOS À ANTONIO FRANCISCO. ADMIRO MUITO UMA INTELIGÊNCIA PRIVILEGIADA COMO A SUA. VOCÊ É UMA ESPÉCIE DE MENSAGEIRO DIVINO. NOTA MIL PRA TI. CONTINUE ASSIM.
ResponderExcluirAS AÇÕES DO SER HUMANO
ResponderExcluirVISTAS NESTE CORDEL
É COMUM NAS POESIAS
DO POETA MENESTREL
NASCIDO EM MOSSORÓ
INSPIRADO LÁ DO CÉU
EM SEUS VERSOS TEM O MEL
CADA MÉTRICA SEU VALOR
SUA RIMA É PERFEITA
FEITA COM MUITO AMOR
ANTONIO FRANCISCO É
UM POETA ESPLENDOR
POIS ESCREVE COM LOUVOR
BOTANDO REFLEXÃO
EM CADA CORDEL CRIADO
APÓS A PUBLICAÇÃO
NÃO DEMORA MUITO TEMPO
PARA A PROPAGAÇÃO
ESSA MINHA AFIRMAÇÃO
EU CONFIRMO NO MOMENTO
CONHECI ESSE POETA
O QUE DIGO NADA INVENTO
ANTONIO FRANCISCO É
PATRIMÔNIO DO MOMENTO