CORDEL EM CAPÍTULOS VI
O post anterior terminou com a estrofe:
Você deve estar pensando:
“O que isto tem a ver
Com as suas queimaduras
Que ora lhe fazem sofrer?”
Espere que eu lhe conto
E é bom que esteja pronto
Para o que vou lhe dizer.
E a história continua...
OS DOIS SOLDADOS
Marcos Mairton
(continuação)
Aconteceu que um dia,
Eu estava retornando
Para casa com meu filho,
Mas, quando fomos chegando,
Percebi que a residência
Da vizinha, dona Hortênsia,
Estava incendiando.
Ela veio lá de dentro
Chorando desesperada.
Gritando: “A minha filha,
Vai morrer toda queimada!
Não tive como salvá-la
Pois não pude carregá-la
Quando caiu desmaiada.”
Ao ouvir essas palavras
Pensei logo em entrar
Naquela casa em chamas
E assim poder salvar
A filha de Dona Hortênsia,
Mas, apesar da urgência,
Tive tempo de pensar:
“E se eu morrer lá dentro,
Sem nada poder fazer
Pra salvar essa criança
Que eu tento socorrer?
Se eu morro nessa hora,
Meu filho fica aqui fora
Vendo tudo acontecer.”
Olhei para o meu filho,
Que estava ali, do meu lado,
E ele, como se notasse
Que eu havia hesitado,
Disse pra mim, bem de perto:
“Faça sempre o que acha certo
Por mais que seja arriscado”.
Quando ouvi aquela frase,
Eu não pensei mais em nada.
Em direção ao incêndio
Saí logo em disparada
Pouco depois eu voltava,
E em meus braços carregava
A menina desmaiada.
Continua no próximo post...
O post anterior terminou com a estrofe:
Você deve estar pensando:
“O que isto tem a ver
Com as suas queimaduras
Que ora lhe fazem sofrer?”
Espere que eu lhe conto
E é bom que esteja pronto
Para o que vou lhe dizer.
E a história continua...
OS DOIS SOLDADOS
Marcos Mairton
(continuação)
Aconteceu que um dia,
Eu estava retornando
Para casa com meu filho,
Mas, quando fomos chegando,
Percebi que a residência
Da vizinha, dona Hortênsia,
Estava incendiando.
Ela veio lá de dentro
Chorando desesperada.
Gritando: “A minha filha,
Vai morrer toda queimada!
Não tive como salvá-la
Pois não pude carregá-la
Quando caiu desmaiada.”
Ao ouvir essas palavras
Pensei logo em entrar
Naquela casa em chamas
E assim poder salvar
A filha de Dona Hortênsia,
Mas, apesar da urgência,
Tive tempo de pensar:
“E se eu morrer lá dentro,
Sem nada poder fazer
Pra salvar essa criança
Que eu tento socorrer?
Se eu morro nessa hora,
Meu filho fica aqui fora
Vendo tudo acontecer.”
Olhei para o meu filho,
Que estava ali, do meu lado,
E ele, como se notasse
Que eu havia hesitado,
Disse pra mim, bem de perto:
“Faça sempre o que acha certo
Por mais que seja arriscado”.
Quando ouvi aquela frase,
Eu não pensei mais em nada.
Em direção ao incêndio
Saí logo em disparada
Pouco depois eu voltava,
E em meus braços carregava
A menina desmaiada.
Continua no próximo post...
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